Thursday, December 08, 2005

Fragilidade humana num suspiro

Neste espaço pequeno, neste tempo difícil em ti penso...
Flutuo numa alma sensível, meus olhos estão molhados de dor, e tu continuas a escapar-me dos dedos... que ironia é estar-se apaixonado, a balança pesa a paixão louca de desejo. Os pesos desiquilibrados e, apesar da lição da vida, o coração teima em receber aquilo que dá. Travar sentimentos é como travar um veículo sem travões... A ânsia de que entendas esta dor é mais forte do que a esperança que entendas estas palavras. Dá medo sentir-te tão longe de mim e tão distante daquilo que sinto. Fiz uma pesquiza no dicionário de compreensão masculina, não encontrei a palavra que esperava encontrar: valorização. Será que é essa a razão que provoca frustração numa mulher? Quando não se sabe sequer valorizar um carinho, um afecto, é impossível que saiba valorizar uma mulher. Uma mulher é tudo isso, uma mulher nasceu do amor, tudo faz por amor e dá amor à vida e traz com ela a razão da vida: o amor! O que nós mulheres ainda não tinhamos descoberto, é que de facto a lacuna da palavra "valorização" no dicionário masculino está latente e bem visível. Teríamos evitado horas de espera, minutos de esperança, momentos marcados pela ingratidão masculina. E como nunca nos foi ensinado, somente ocultado pela dor das nossas mães, vivemos na sombra da dúvida, na sombra da esperança... Em pleno século XXI, tudo se tornou fácil demais. Raros são aqueles que se questionam acerca do valor que atribuem à vida... querendo dizer que a vida inclui tudo o que o rodeia, desde a própria vida até à vida que o une à vida d'outrem. Perante tudo isto, resta-nos aceitar uma vez mais a perpétua dor, fechar os olhos, acariciar a alma com uma toalha quente, abafá-la com carinho e amor-próprio, bloquear a dor... aceitar que a nossa vida é dar vida... sem esperar que os nossos homens o valorizem. Se recebermos algo em troca, só nós mulheres o poderemos valorizar! Sejam fortes

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