E hoje sou o que não era
E hoje quero o que sonhei
Entre desabafos sou humana
Já pouco tenho a acrescentar ao nada que lhe dei
Promessas e sonhos momentâneos que já nada são que pensamentos
A crise instalou-se e o meu pensamento chora de emoção
Espero-te como sempre sem mágoas sem ressentimentos
Dou-te o que tenho e o que não tenho, dou-te o meu Eu
Deixas fugi-lo como a água do rio que se esvai sem dar-se conta
Nem tudo na vida é um poema que te faz sorrir e brilhar...
Tanto se ouve e nada se escreve pela ingratidão humana
Sabes quem sou? Não... isso seria pedir-te o que não me queres dar
Uma mão, um abraço... um saber percorrer-me na imensidão deste ser...
As tuas mão estão gélidas como se viveras eternamente num Inverno
Estou aqui a implorar-te que me descubras, que não te canses
Podes evoluir como aqueles que se descontentam da ignorância alheia
Podes fazer-me uma música que só tu a podes cantar em silêncio
Quero cobrir o teu corpo de desejo e dar-te o que tanto mereces
Agarra-me quero sentir que me sufocas de amor como um pássaro que voa
Quero-te pela tua alma, pelo muito que me possas trazer
Se comer te faz dependente
Bebe-me então a cada gota com prazer...